segunda-feira, 26 de julho de 2010

Um desejo interminável


Solúvel como o açúcar ao se misturar no liquido

Colorido como um campo em dias de primavera

Frio e suave como uma brisa

Leve e fresco como a água do mar

Agradável e gentil como um belo sorriso

Branco e gelido como a neve

Quente como um vulcão em erupção

Confortável e macio como travesseiro de pena de ganso

Talvez tudo isso seja uma ironia

Destino ou apenas má escolha

Um texto sem estrofe

Um fim sem ponto final

Um desejo interminável pela lucidez

Com um gosto de ópio

Mistério decifrável olhar em seus olhos

E é como olhar em duas grandes ameixas

E poder sentir o gosto doce e suave

De um simples passar despercebido

Sensação mista entre o quente o frio

Pensamentos fajutos , questões sem razão

Um fim sem ponto, uma escolha errada

Indecifráveis indecisões sem ter o porque

Somente vírgulas nas paginas da vida....


By : Diego Ferreira


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Confissões de Marcelle


Radiante, esplendula, espetacular, com olhos verde folha seca, cabelos dourados que brilham ao toque sutil do sol. Marcelle sempre esteve certa de suas crises, loucuras – meras crises bipolares, não constantes-; está se caracterizava como uma adolescente alto astral, sempre rodeada de amigos, não se importava com os dias adiante que se revelariam. Marcelle se encontrara com seus 17 anos, seu momento te importunava a levar uma vida serena e com suas próprias filosofias, já cansada de ser importunada por seus pais, Adolf um jovem juiz, dedicado a sua carreira e investimentos monetários no país; Carmem excelente promotora, linda como a filha, fixava seu foco e trilha, embasada em solucionar questões difíceis impostas pelo trabalho.
Seus pais se conheceram na faculdade, desde então, se comprometem a repentinamente esboçar a mesma historia de amor – que marcelle não dava mais ouvidos. Marcelle estava certa que amor não existia, nunca existiu, ouvia-se muitas vezes Marcelle dizer:
- Não existe esse tal amor, tão solene, que expressam em contos e filmes, é sim, um mero jogo de interesses!
Seu pré-conceito com a vida e a forma como ela gira, contudo não acreditava em si mesma, por já estar machucada; odiava a forma em que seus pais a dividiam do restante da sociedade em que se comprometeram a viver, moravam em um grande condomínio, rodeado de luxuria e pessoas de pose, suas decisões quase não nunca contavam em reuniões de família. Cansada de toda aquela burocracia exigida pela família e pelos pais; Marcelle começa uma nova fase da sua vida, quebrando os tabus, e expressando em confissões em um diário secreto. Dizia-se que era seu maior desabafo, consigo própria, começou a escrever cada passo, cada sentimento por ela existente, encontros e desavenças ocorridas em seus dias decorridos.

1ª Confissão

- Estou certa que a sociedade é repugnante, pensam como animais ferozes, nem se deixam pela delicadeza de algumas palavras – tal como obrigado – se entrelaçam em estreitas guerras competindo por território (“fama” como dizem), estão perdendo seu brilho na procura pelo status ou coisa do tipo, sinto me a cada dia embrulhar o estomago só pensar nas situações ou em qualquer pensamento tolo destes que escarnecem em suas objeções irritantes e sem nexo. Preparo – me não para morte, e sim, por todos esses animais que me rodeiam e que querem me sugar, ou talvez, me comer como cães famintos sobre pedaços de ossos deixados ao chão, quero me libertar desta falsa coragem de estar em meios aos porcos que dizem que a honestidade se recebe pelo “$”, percebo que estou em meio a porcos dentro de um imenso chiqueiro, eles não percebem que são pobres internamente, sei o que quero e vou conquistar, quero apenas estar com meus amigos, estar em conexão com o mundo e seus mistérios e não estar presa neste mundinho que eu me encontro. Mas, já dei meu primeiro passo, e este foi como saborear uma trufa de cereja com chocolate amargo sentir-me tão sóbria e ao mesmo tempo embriagada e louca, dançando em uma pista onde a musica penetrara de tal maneira que me envolvia por completa, nunca liguei para as regras sempre que podia as quebrava e sempre tive uma grande aliada que se aventura e se encontra sempre comigo, Martha – minha prima – sempre esteve comigo, e esta seria o inicio de muitas as vezes que aprontaríamos juntas, ao som de nossa musica favorita movíamos toda estrutura corpórea nos dada e a cada instante que os reflexos de luzes invadiam meu rosto mais eu era seduzida pelo badalar das caixas estridentes que expurgavam o perfeito som, está ida a boate era apenas para me libertar, pois faria 18 anos em menos de um mês, e deixar minha mãe me ligando e com sensação de ser expulsa por utilizar carteira falsa me deixara um imenso gozo. Bom, o melhor de tudo após a balada sentados sobre a úmida grama da praça, foi sentir a brisa tocar meu rosto enquanto inalava fumaças de nicotina de um lucky strike e exalar nebulosas fumaças azuis acinzentada e sentindo o sol me tocar suavemente, com os olhos fechados relembrando cada momento como flash, e o gosto daquele em quem toquei os quentes e molhados lábios, e que permanecera em meus pensamentos. Penso que tudo é questão de sabedoria á ser utilizado para não deixar a sociedade sufocar o nosso “eu”: - Liberte-se sempre que necessário para que momentos intensos te invadam torrencialmente.

sábado, 17 de julho de 2010

Renovar-se!


“ Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama:

Como se renovar sem primeiro se tornar cinzas? ”

Friederich Nietzsche







Uma pequena frase, com imenso sentido, renovar-se de si próprio seria a parte mais dolorosa concebida por nós “ meros seres humanos”, vivendo uma hipocrisia criada pela sociedade, não contentes, empurramos tudo com uma estopa para dentro, mesmo embrulhados com o lixo e sujeira ingerida, apenas aliviamos as sensações com um descaso. Quando estiver preparado para própria chama, nós impulsionara? Apenas vivenciando a própria existência, e crendo em si, sabendo que o corpo não poderá dominar nossa maquina fabulosa, que nos leva alem, o intelecto. Desejos, instintos, sentimentos - Todos tem – depende dá forma em que á cultivamos em nossas vidas, e quem domina quem, até que o se renovar torne algo preciso, e vivenciamos nossas cinzas, para logo após, nosso renovar se torne forte e consistente para dominar tudo aquilo que hoje nos domina, criando assim , próprias bases de sabedoria e intelectos, que supriram elevar os patamares internos de um saber soberano e cobiçado pelos leigos.

Não obstante , saberemos lidar com as chamas que vão dispor dentro de si, para um renovar glorioso, sobre todos aqueles que se reprimem em cadeias baldias.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

?!?!?!?! O que ?!?!?!?


Inspirar-me em que?

Viver até quando?

Saber pra que?

Falar pra que?

Até onde ir?




Quando me perco em meus próprios devaneios, encontro questões e muita das vezes não encontro respostas. Questiono-me por varias vezes sem entender, sem entender até o porque do que.

Do que? O que eu queria saber? Esconder-me de que? O que quero sentir? Voltar, pra que? Tentar, o que? E pra que? Sofrer? Por que? Amar? O que? Pra que? E porque?. E ir até onde, se o que mais importa se torna um simples: “- que?”; mas vejo que a resposta disso tudo está dentro de mim, e assim, crio o meu próprio “que” de viver.

Autor : Diego Ferreira


O globo parece novamente girar a favor de desejos e fontes inevitáveis, de uma forma conjunta de relação estacionaria em que me encontrara, tudo tão claro, tão exposto, nada agora está tão ruim como antes, estou a espera de um raio de sol pela janela acinzentada pelo bafo quente exalado de minha boca neste dia que encontra fechado por uma neblina fria; não aconchegante. Agora esta ficando tudo tão próximo das minhas próprias origens que me sinto ansioso para a próxima estação que está tão breve, uma estação clara e quente, que me impulsionará a grandes saltos, que me concederá a possibilidade de florescer e semear sonhos esquecidos. Metas serão proporcionadas por obstáculos removíveis. É tão bom perceber; é tão bom reconhecer; é melhor para o madurecer de ideias, de conceitos. Nenhum tempo é desperdiçado, toda forma de sentir e agir circula como globos onde nada pode parar, que se torna o renovar-se de si próprio a cada estação do seu coração.

domingo, 11 de julho de 2010

2ª Carta ao Desespero


Estou em meio a uma tempestade, sem saída, não vejo nem onde me esconder deste frio, e destas gotas que descem tão fortes e parecem ferir minha pele, o desespero bate no meu coração, e me perco em meio a destroços, e uma longa avenida que é esta minha vida, me deparo com chuvas e lagrimas escorrendo pelo meu rosto, estou tão fraco que nem consigo me firmar de pé, só sinto as dores nos meus joelhos, dores quentes e angustiantes, a voz daquele que sempre esteve comigo, eu já não ouço, meus gritos e dores estão cada vez piores, não encontro socorro para todo esse tormento, a dor é tão intensa que me faz ter ânsias de vômito, os meus pensamentos vão a mil por hora, a paz que buscava simplesmente se tornou um tormento, o meu canto e abrigo se destruiu com esta maldita tempestade, que levou consigo aquilo que eu tinha de base.. Cada segundo, vejo como se fosse flash cada momento em minha vida, onde eu começo a cair, onde eu começo a descer, onde eu construo minha casa , onde eu levanto pilares de um reino meu, só desejos e sonhos deixados para trás, um foco perdido, uma vida longa sem expectativas, um padrão, um rei que eu tirei de seu próprio trono dentro do me coração, o rei em que sempre me consolou, me deu colo, hoje nem sua voz eu ouço mais. Eu estou sufocado, quero aliviar minha dor, quero aliviar o peso em que carrego comigo, estou simplesmente só, perdido , não consigo achar a mais possível das soluções para continuar seguindo o caminho, me sinto tão inútil defronte toda essa situação, eu quero de volta o meu amado que nunca me deixa de joelhos, meu amado que tenho em espírito, um rei soberano que esta sobre todo esse tormento que está minha vida , ele é único que me dá forças para seguir adiante e quebrar as barreiras de ilusão que eu permaneço , para que os dias de sol chegue , quero me limpar e voltar a caminhar em paz como sempre estive, sem desculpas para me sujar novamente.

1ª Carta ao Desespero


Um belo dia, um dia belo, a brisa toca meus lábios, suaviza pelo meu rosto, o sol aquece aquilo tudo que o tempo gélido e sóbrio avia coberto, meu coração ainda pulsa bruscamente a procura do infalível, do desejo quente e molhado, suspiros ainda ecoam dentro de mim como se fosse me rasgar e abrir um grande buraco, a pontos em que me perco a procura dessa massa bipolar que me deixa náuseas, a falta de cura torna um lamento para as pupilas lacrimejadas, o único sustento para essa úmida e ao mesmo tempo seco gota que escorre pela macia pele rosada da minha bochecha seria afugentar me de todos os restos de relicários seu ainda existente em minha memória...A cada passo adiante seguido, os meus neurônios chegam a ponto de se chocarem em explosões fajutas de uma filosofia chula, que me entorpece em delírios decorrentes de devaneios sombrios, me amedronto com as atitudes e movimentos dos seres que compõem o mesmo ambiente sujo em que me vejo, sem solução, a resposta inegável da verdade sobreposta em falsos e injustos altares, ate quando, andar em caminhos que me fazem pensar, me levará ao suicídio moral? Se a ética que eu levo ao longo da jornada se iguala aos pontos imperfeitos. Talvez um bom descanso em pasto verdejante, debaixo de uma arvore robusta e harmoniosa, com um bom livro e com a cabeça recostada em seu peito, ouvindo o badalar do seu coração, me arranque do tédio e do ópio em que me vejo.