sábado, 30 de outubro de 2010

Pensamentos.

É tenso. O coração pulsa bruscamente, o suor escorre levemente pelo rosto, a pulsação do meu peito torna meu corpo cada vez mais tremulo. Desde o último gosto da paixão frustrada, meus sentidos se perderam na imensidão de pensamentos vazios. Sentimentos retroativos de medo que me entorpecem e me paralisam. Vendo a vida como um toldo em formato cilíndrico, não consigo olhar para os lados, somente para frente – e na verdade, é o que me nostalgia. Queria poder correr, estar livre, gritar, exultar em voz alta meus desejos mais íntimos. Libertar-me de tudo o que me entorpece, me enlouquece, e sinceramente o que mais me perturba são os atos alheios, o que me cansa perante uma devassidão verde com aglomerados de metal e concreto, é o poder de alguns seres sobre os leigos de si mesmo. Pensar que muitos se entregam às escolhas dos outros e não a sua própria me deixa perturbado, uma vida com milhões de componentes e não ter a ética para pensar um ponto à frente. Quanto mais se passa o tempo mais às cabeças se fecham, mais eu me queimo tentando entender o outro ser que abita terrenos baldios como o meu. Portanto, ouvir a si mesmo é tão complicado como explicar o nascimento da vida humana e da terra, para muitos é um conflito bárbaro. De toda a via, perderam o verdadeiro sentido de amar, de amar o amor, de amar ao sentimento e se entregar ao mesmo, e doar o mesmo ao próximo. O jogo de interesse é tão mais real que qualquer sentimento que e ao tentar entender seria o ápice da loucura. O ser sempre continuara enganando a si mesmo, e eu sempre estarei de alguma maneira me afugentando destes que se cegam e vive uma vida julgada pelo comum social. Ser incomum e pensar ao contrario de muitos me faz criar duas faces: a que sorri para a “sociedade”, e a que me agrada em delírios flamejantes de idéias. De tudo a liberdade começa a partir do momento em que você percebe que a maior parte das idéias são diferentes da sua, e você não mais pensa como uma maquina, como um conjunto; a sua idéia começa a ser própria e o seu doar é natural e você percebe algo de grande importância: “Louco não é aquele que pensa, que age, que tem manias, que ama ao amor, que conta estrelas no céu, que canta musicas altas e exulta seu sentimento mais implícito ao mais doce desejo do coração; mas sim aquele que segue todos os padrões impostos pela sociedade”. Nada vale mais a pena que estar livre de tudo aquilo que o peso de uma sociedade impura te impôs.