quinta-feira, 28 de abril de 2011

Paradoxo


O paradoxo do nosso momento na História é termos prédios mais altos, mas paciência curta; rodovias mais largas, mas pontos de vista mais estreitos;
Nós gastamos mais, mas possuímos menos; compramos mais, mas aproveitamos menos.
Nós temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências e menos tempo; nós temos mais diplomas, mas menos razão; mais conhecimento, mas menos juízo; mais especialistas e ainda mais problemas, mais ciência, mas menos bem-estar.
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critério, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais, e oramos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Limpamos nosso corpo, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar, e não a esperar.
Essa é a era de dois empregos e vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos corpos obesos e das pílulas que fazem tudo, de animar a acalmar, matar.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa re
flexão.

Autor: Diego Ferreira

Um comentário:

  1. Lamentável, porém não há nada que possamos fazer.
    A sociedade muda, o pensamento muda, e nós temos de nos adaptarmos a isso. Não, necessariamente, aceitarmos, mas é mister que respeitemos e acompanhemos essa catástrofe social.
    Abraço'

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